Amor, verás que o Amor morará debaixo de tuas saias quando de tua febril entranha palpitar teus pêlos banhados a línguas desconhecidas; verás o sabor do teu sexo chorar o líquido do fim após todos os sangues derramados. Saberás então que o Amor fere como o inferno e cava paraísos com o toque...
Ah! O Amor nasce nos momentos desconhecidos pelo pudor, fecunda no suor das mãos gotejantes, geme na escuridão. Teu Amor chegará por dentro, rasgando teus caminhos nunca atravessados, mascará tua meia-noite, devorará a carne que protege a tua alma.
O Amor lhe apresentará a solidão, os lençóis e a louça do jantar; o Amor cobrará o aluguel, a comida e a disciplina; ligará o controle, queimará no tédio, roerá as unhas. O Amor casará com a rotina, com os outros Amores e com a bebida.
O Amor, o ARmorto, o Amor, o AMORto, o Amor, o ARmorto, o Amor, o AMOR(to)!
Meu bem, preste atenção: O “Amor” finda na face todo ódio escondido pela monotonia de amar sem poesia.
V.